DSC_0512Exposição está situada junto à Mostra de Paleontologia do Museu Aristides Carlos Rodrigues

Quem visitar a 8ª Exposição Industrial, Comercial, Serviços e Agronegócios de Candelária (Expocande), que acontece até domingo, 8 de maio, no Parque Municipal de Eventos Itamar Vezentini, vai poder conhecer um pouco mais a história arqueológica do município. A iniciativa é uma parceria entre o Museu Aristides Carlos Rodrigues, de Candelária, e o Museu de Ciências e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), de Porto Alegre. A riqueza paleontológica do município, reconhecida mundialmente, também está presente com diversas novidades no evento.

Na Exposição Arqueológica há peças representando o patrimônio cultural dos índios que viviam em Candelária e informações sobre os charruas, kaingang e guarani. Além de objetos como pontas de flecha, boleadeiras, réplica de um machado, historiadores da PUC estão no local para conversar com os visitantes sobre o trabalho de educação patrimonial no município. Na mostra ainda é possível encontrar materiais arqueológicos, como pedaços de cerâmicas fabricadas pelos índios e cachimbos, pertencentes à Redução Jesuítica Jesus Maria instalada em Candelária, em 1633, e dizimada pelos Bandeirantes, em 1636.

Conforme os historiadores Marcus Wittmann e Juliana Konflanz, um projeto está em desenvolvimento para diversas atividades de cunho educacional para trabalhar a história de Jesus Maria, que se situava onde hoje é Linha Curitiba, assim como mapear toda a ocupação indígena do local. “O objetivo é reativar esta história, porque Candelária pode ser um polo nacional em arqueologia”, destacou Wittmann. Para o curador do Museu Aristides Carlos Rodrigues, Carlos Nunes Rodrigues, a parceria é uma porta de entrada para informações mais aprofundadas sobre a arqueologia. “Queremos prestigiar todos os aspectos que estão aqui, e a arqueologia é um deles”, ressaltou.

PALEONTOLOGIA – Entre as novidades da Exposição de Paleontologia está a réplica de um novo cinodonte para a coleção do museu, um Exaeretodon riograndensis, e os originais de um dicinodonte completo, encontrado e retirado em Candelária, em1969, e estava junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). No local é possível ver a representação de uma briga entre o predador chiniquodon e a presa dinodontossauro, bem como outras réplicas dos animais encontrados no município, como um tecodonte de sete metros, um rincossauro, um fitossauro de seis metros e meio com um anfíbio temnospôndilo capturado na boca, um par de dinossauros primitivos, entre outras.

Texto: Assessoria de Imprensa | Four Comunicação
Fotos: Patricia Barreto