Escultura vai retratar situação de caça do período Triássico

Candelária é reconhecida pela comunidade científica de paleontologia por possuir o registro mais completo das faunas de vertebrados e contar com a maior variedade de espécies do período Triássico. Assim como na edição anterior, a 7ª Expocande, que acontece de 30 de abril a 4 de maio, vai contar com uma Exposição de Paleontologia organizada pelo Museu Aristides Carlos Rodrigues.

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), representada por uma equipe de quatro pós-graduandos, esteve em Candelária para apoiar o trabalho dos voluntários da Malha de Proteção ao Patrimônio Cultural e da Curadoria do Museu na montagem da exposição. Como novidade, trouxeram de Porto Alegre a réplica de um filhote de dicinodonte da espécie Dinodontosaurus turpior. Esse filhote compõe um grupo de nove, descobertos no interior de Candelária na década de 70. Herbívoros, esses animais viveram no período Triássico, há cerca de 230 milhões de anos.

De acordo com o curador do Museu de Candelária, Carlos Nunes Rodrigues, além da réplica do dicinodonde, a exposição também vai apresentar fósseis de outro animal com importância ímpar para a ciência. O cinodonte viveu há mais de 225 milhões de anos e foi encontrado na região há dois anos. O esqueleto foi localizado praticamente completo e já passou por estudos na Ufrgs. Os paleontólogos calculam que este indivíduo tinha cerca de 1,5 metro de comprimento e de 60 a 70 centímetros de altura.

Além dos fósseis deste animal, o Museu de Candelária pretende levar outros animais pré-históricos pouco conhecidos da comunidade, como o último lançamento, o Candelariodon barberenai, com sua réplica em vida. Um animal de pequeno porte, cujo único achado somente se deu no mundo – até o momento – em Candelária. Também estarão expostos uma estátua do gigante carnívoro Tecodonte, recém reformada pelo seu escultor Ricardo da Motta, que retrata uma situação de caça do período Triássico, e uma ilação de um achado do Museu com a Ufrgs e o Museu Nacional do Rio de Janeiro, e retirado juntamente com a Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto e a Univerisidade Federal de Santa Maria (UFSM). Trata-se de uma escultura feita pelo artista plástico candelariense André Gomes da Silva de um desenho do paleoartista Voltaire Paes Neto.

Os visitantes da 7ª Expocande ainda poderão prestigiar uma sala de cinema para exibição de filme sobre o tema, com cadeiras do antigo Cine Coliseu de Candelária, além de um laboratório para que as pessoas possam acompanhar o processo de limpeza de fósseis, com um bloco de rocha contendo um dinodontossaurus de 230 milhões de anos. Ao todo, o ambiente possui 200 metros quadrados, repletos de muita cultura e informação.

TEXTO: Assessoria de Imprensa da 7ª Expocande – Four Comunicação
 CRÉDITO DESENHO: Voltaire Paes Neto